informações escritas, não pelo que tivessem lido nos autores, mas pelo que a prática houvesse feito conhecer de mais aproveitável. Tratei de escolher um homem hábil nestas matérias e convidei-o para auxiliar-me à frente do estabelecimento. Recomendei-lhe que estudasse praticamente bem de perto e me apresentasse depois as suas ideias, tanto do intuito de aperfeiçoar o ensino das belas-artes, em sua acepção restrita, como no promover até certo ponto a educação industrial. Este cidadão, após aturado estudo, apresentou-me suas ideias, combinei-as, e por fim animei-me a solicitar a autorização que se discute. Já vê a Câmara que não marchei precipitadamente, nem confiei em mim somente, nem planejei uma reforma sem estar convencido de sua eficácia... Não aceita o substitutivo apresentado, não só porque suprime cadeiras necessárias e porque confunde certas matérias em uma só cadeira, exigindo que sejam ensinadas por um mesmo lente, quando são especialidades distintas. Suprime o substitutivo a cadeira de desenho geométrico, matéria indispensável para o aperfeiçoamento das artes industriais; e ainda a de desenho de ornatos, indispensável para o apefeiçoamento dos diversos ramos da indústria fabril. Não é aceitável a reunião das aulas de pintura histórica e paisagem; não é ainda as de gravura e desenho elementar; as de arquitetura, geometria e perspectiva, sem se lembrar da importância do ensino de arquitetura..." Em seguida o sr. Gomes Ribeiro oferece um substitutivo: "Fica o governo autorizado a fechar a Academia de Belas-Artes, substituindo-a por um Curso de desenho, arquitetura, escultura, matemáticas aplicada às artes e indústria, com as seguintes cadeiras: a) desenho que terá por objeto o ensino das matérias tendentes à organização da cabeça, corpo humano,