matemáticos; é formar engenheiros, legistas e médicos. O mais é transformar as escolas em oficinas de charlatanismo. Medidas concernentes a distribuição do ensino: a) todo ensino remunerado pelo Estado ou feito em edifício do Estado, será público e gratuito; b) o Estado não reconhece privilégio de qualidade alguma, nem aos mestres, nem aos discípulos; e) o ensino não será obrigatório em grau nenhum. Na nomeação para as funções públicas, o governo procederá por concurso, devendo o júri ser tirado do pessoal correspondente. E no caso de ser a nomeação para cargos técnicos o governo exigirá provas de trabalhos anteriores nas especialidades em questão. As salas e laboratórios das escolas públicas poderão ser postas à disposição de qualquer cidadão que pretenda fazer çursos, desde que o candidato tiver provado por ensino, exame, ou trabalhos anteriores, dedicar-se a matéria em questão.
Tal é o conjunto de medidas reclamadas pela nossa situação social, e que nos limitamos a apontar, sem nos deter em minuciosidades. Elas estão nos limites reais da ação que reconhecemos ao governo do nosso país, e em perfeito acordo com o destino e as condições do ensino público em um país que quer ser livre. Para concluir, só resta mostrar que estas medidas preparam a grandeza nacional: 1º- elas põem um freio ao parasitismo burguês porque diminuem o pessoal docente e suprimem os privilégios dos diplomas científicos e literários; 2º- reduzem o funcionalismo do ensino e indiretamente todo o funcionalismo, ao rigorosamente necessário; e cercam-se das garantias que a prudência humana oferece para assegurar-nos da competência do funcionário; 3º- tendem a elevar o nível do proletariado ao ideal descrito anteriormente. Vêm pois os nossos concidadãos