o desprestígio das faculdades existentes nas províncias. Se sem universidade a Faculdade de medicina da Corte tem mais importância que a da Bahia, o que, depois do pomposo nome, sucederia à essa e às outras faculdades do Império? Por uma questão de palavras, sonora mas vã, matariamos, se não de direito, de fato, todos os estudos superiores não pertencentes à Universidade... Associar os estudos é deprimir o seu nível, torná-los piores do que são...
Tais são as razões por que não convém criar uma Universidade, e o dinheiro que ela pode custar teria melhor aplicação se, em vez de nos seduzir um nome vão, ou aspirarmos uma coisa inferior ao que já temos, lançassemos a vista para o ensino comum, procurando dar-lhe base científica, útil a todos, e assim organizado o prolongássemos em escolas técnicas, adequadas às condições das províncias que tem indústrias nascentes, ou em via de nascer. Criar uma Universidade para ensinar menos do que ensinamos, e do que os próprios países, onde há universidades, reconhecem não satisfazer as necessidades públicas, se não é veleidade que nada justifica, é prova cabal de que não conhecemos bem a instituição que se julga necessária. Assim longe de nos contentarmos com o ensino dessas velharias, vamos adiante das nações que as conservam por motivos entre nós desconhecidos; organizemos melhor a instrução inferior da Corte e das províncias, e por um lado com ela, e por outro com as escolas de aplicação, que são o complemento das universidades alemãs, gastemos a pequena ou grande soma que custaria o aparato do ensino universitário...
Se querem a universidade para fazer o que faz na Europa, a criação está muito abaixo de nós. Se