que ensinam publicamente em suas casas ou nas salas da respectiva faculdade; são doutores, quase sempre moços de talento que se aplicam ao estudo das ciências tendo em vista poderem mais tarde fazer parte do corpo docente da universidade e que, habilitando-se perante esta, abrem seus cursos particulares ao lado dos cursos universitários. Na Itália abrem-se os cursos livres ao lado dos cursos oficiais nas universidades do Estado; e estas no princípio de cada ano anunciam, conjuntamente com os seus, os cursos particulares dos professores livres que se têm de realizar no seu recinto. A Itália aproveitou assim a prática das universidades alemãs. O princípio consagrado no projeto tem, pois a seu favor a experiência desses dois países, onde apresenta os melhores resultados. Nem há o que receiar de sua execução. Além do estímulo que elevará o professor da faculdade dando-lhe ensejo de patentear de modo mais solene a superioridade do seu talento e ilustração, tais cursos facilitarão aos estudantes uma concorrência, da qual só lhe poderá vir proveito. À ciência não será também indiferente a emulação dos mestres. Quanto aos estabelecimentos de instrução superior, bem como para os cursos livres que se tenham de realizar fora do recinto, das faculdades, quer sejam fundados por uma simples associação de professores, quer por uma sociedade que se proponha a mantê-los, a sua organização em nada depende, pelo projeto, da autorização ou intervenção do governo. Libertar tais estabelecimentos da tutela do governo é condição essencial de animação à iniciativa particular; esta somente pode desenvolver-se e prosperar sob o influxo da liberdade, a tutela oficial desfalece-lhe os esforços. Substitua-se à tutela do Estado a da família, a primeira interessada no