futuro dos filhos, e as escolas superiores, criadas sob esse livre regime fechar-se-ão à mingua de alunos quando não infundirem plena confiança. Muitas províncias têm já decretado em suas leis a liberdade do ensino primário, é essa uma aspiração nacional quase de todo realizada; revela este fato a tendência do espírito público sobre a questão que ora se suscita, por quanto se é livre a qualquer ensinar à infância cujo coração vai formar-se nas escolas, iníquo é limitar esse direito aos que se queiram dedicar ao ensino superior da mocidade, cuja idade e desenvolvimento intelectual oferecem garantia. A fiscalização do pai de família deve bastar num caso, como no outro. Nos estabelecimentos de instrução superior, organizados pela força dá iniciativa individual, está também o pensamento embrionário das faculdades livres, que poderão deles nascer. São estes os princípios em que o projeto buscou inspirar-se.
IV - As faculdades do Estado e com elas o ensino superior estão em sensível decadência. Para isso têm concorrido diferentes causas, que fácil fora remover. O ensino oficial, exclusivo e único, qual existe entre nós, ressente-se da falta de emulação dos lentes. Estes, além disso, não encontrando no magistério as condições de plena independência que os deixem a salvo das necessidades da vida, são obrigados a dedicarem-se a outras profissões, que os distraem do magistério, com grave prejuízo da ciência e do ensino. A política, por outro lado, absorve os mais belos talentos das Faculdades, que, por ocasião de abrirem-se as câmaras e até as assembleias provinciais, ficam privadas de um grande número de lentes. Dos meios se antolham à primeira vista como corretivos a esses males. Entregar o lente exclusivamente ao ensino e à ciência, e criar o poderoso estímulo da emulação