de outros professores. O primeiro seria a incompatibilidade com o aumento de vencimentos e maiores garantias; o segundo a liberdade do ensino. Se não é possível realizar desde já a incompatibilidade com as vantagens que devem rodeá-la; tentemos, ao menos, o segundo meio, que por si só poderá alcançar prestigioso efeito. O ensino livre, em qualquer dos ramos da instrução, é poderoso elemento de progresso e constitui-se na vida dos povos cultos o elo mais forte da civilização; cresce, porém de importância quanto ao assunto que ora se suscita, porque essa liberdade é, por assim dizer, a alma da instrução superior que sem ela não pode manter-se em altura digna da ciência. Longe de nós o pensamento de elevar o ensino das faculdades, à região das puras abstrações científicas, como na Alemanha, cujas universidades, só indiretamente preparando para as profissões, dedicam-se antes de tudo ao profundo desenvolvimento das ciências; mas também o círculo de ferro traçado pelo predomínio exclusivo do ensino oficial esteriliza as vocações, amesquinha o estudo, tolhe o progresso da ci~encia e degenera a alta cultura intelectual em simples aptidão para as profissões práticas.
Entre os dois extremos está o meio a seguir-se. A instrução superior, pela dupla feição que a carateriza, exige como condição essencial a liberdade do ensino; são duas ideias congêneres, separá-las é divórcio que desnatura a instrução superior. Se muitas vezes não se revelam neste sentido as tradições quase sempre eivadas de espírito centralizador, esta é pelo menos a lição experiente do século atual, a última palavra da civilização moderna. É inspirando-se neste generoso pensamento que a comissão de instrução pública