A instrução e o Império - 3º vol.

O Sr. Lima Duarte (Minas): vota pelo projeto. As peas, os obstáculos opostos ao desenvolvimento do ensino, esta tutela constante que tudo avassala, que faz com que o cidadão não possa abrir um curso sem prévia licença do governo, sem mostrar-se habilitado, não pode continuar, não tem mais razão de ser. Não pensa em acabar com o ensino oficial; quer o ensino livre, quer a concorrência; mas é preciso melhorar-se o ensino oficial, porque como está não é possível continuar, e os sacrifícios que do Estado recebe serão infrutíferos e baldados. Pensa até que, estabelecido o ensino livre, o governo deverá vir em auxílio e facilitar aqueles que tiverem o curso de ciências naturais, os gabinetes e laboratórios pertencentes às faculdades; os recursos particulares não são suficientes para mantê-los nos cursos privados... A Faculdade de medicina da Corte é um dos estabelecimentos menos considerados pelo governo: além de não ter edifício apropriado, o ensino está mal distribuído, e os lentes por maiores esforços que façam não podem desempenhar satisfatoriamente, não podem explicar convenientemente as suas disciplinas. É assim que o curso de zoologia faz-se o mais resumidamente possível, quando não fica incompleto; não há preparadores especiais; não há horto botânico. A aula de química mineral, dirigida por docente que honra o país, não tem gabinete; os instrumentos, aparelhos e mais objetos para a formação de um gabinete estão atirados em um dos salões de envolta com instrumentos de química orgânica, física, anatomia, botânica. O governo mandou vir estes instrumentos, mas não se lembra de sua colação e conservação e em breve estarão inutilizados. Sistema de gastar-se sem método, sem fim determinado. Na aula de química orgânica, não se fez o curso de biologia; no seu