essencialmente teóricas dos catedráticos. Na seção filológica por exemplo, consistiriam tais exercícios na interpretação de escritores clássicos, em trabalhos de composição e estilo nas diversas línguas vivas ou mortas, em dissertações escritas e em discussões orais. Na seção histórica aprofundar-se-iam os estudantes com a execução de trabalhos da própria lavra, nos métodos de pesquisa e exposição histórica. Em filosofia os debates e argumentações prestariam idênticos serviços. As conferências literárias em horas que convidassem à concorrência pública deviam ser estabelecidas, apesar da crítica a estas lições públicas.
O verdadeiro atrativo da Faculdade de letras e o que lhe granjearia maior número de alunos, estaria em fazer da instituição uma verdadeira Escola normal para o ensino literário e por isso não duvidaríamos opinar ou pela criação de uma cadeira de pedagogia, anexa ao curso das letras destinada aos candidatos ao professorado, ou, ao menos, por uma disposição há anos vigente na Alemanha, e em virtude da qual os diversos professores da faculdade teriam o dever de revezadamente fazer um curso de pedagogia... Esta ideia de fazer das faculdades de letras escolas normais é a que ultimamente se tem posto em prática na França. "Com satisfação, notava Dreyfus Brisac, decano da faculdade de letras de Caen, esse estabelecimento se tornara, para os futuros mestres dos liceus e colégios, uma verdadeira escola prática, assegurando ao ensino secundário sólidos recrutas." ... O grau conferido pela faculdade seria o de doutor em letras; mas além desse diploma outros se passariam, especiais, de habilitação aos que houvessem cursado nos diversos anos ou séries as cadeiras constituitivas de uma das