A vida dos índios Guaicurus

mais insignificante em quantidade, não deixava de chamar a minha atenção.

Para encorajá-lo, não cessava de o cumprimentar.

Então, muito animado, contava-me os seus projetos de alargar esta sua roça e de plantar ainda muito mais, em que muito o apoiei, felicitando-lhe das suas belas disposições para o trabalho.

Naquele cantinho desbravado, cultivado mal e mal, se viam de pé ainda algumas das maiores árvores do mato; e as plantações feitas vicejavam com força, no meio dos troncos derribados, dos ramos e dos galhos maiores que o fogo tinha respeitado ou que haviam resistido a sua violência consumidora.

Mas para um agricultor medíocre, esta rocinha, arrancada ao mato, não teria aparecido senão como um dos esforços que o homem primitivo teria podido fazer de melhor.

A grande fertilidade desta terra virgem remediava e se substituía para o rendimento à lavra do chão.

Na realidade, a terra não estava remexida ou apenas no pé das plantas.

É preciso, para ser justo, dizer que os índios não têm sempre os meios de procurar as ferramentas as mais indispensáveis, como a enxada, embora tivessem algumas, muito gastas.

Assim mesmo mantinham num estado relativo de limpeza as suas plantações; isto é, cortando ou arrancando as malezas.

E, à falta de lavrar a terra, dão à sua roça um aspecto agradável de boa conservação.

Em conclusão, pode-se dizer, que neste assunto, faziam em pequena escala, mas talvez, numa desordem maior, tão bem como os brasileiros, que procuravam imitar e de quem tinham tomado o exemplo, com o que haviam visto fazer nas fazendas vizinhas.