CAPÍTULO V
ONDE SE APRENDEM ALGUNS PONTOS DA HISTÓRIA DOS GUAICURUS E ALGUNS DOS SEUS COSTUMES.
Tendo ficado comigo o Capitão Guazú-Ãcã e o Capitãozinho, aproveitei da circunstância para procurar conversar com eles.
Somente o Capitãozinho compreendia e podia responder-me muito bem a tudo quanto lhe perguntara.
Assim, soube por eles que haviam sido vítimas de perseguições por parte do português do Barranco Branco, cujo fim principal era apropriar-se dos imensos terrenos que ocupavam, buscando, pelos meios empregados, impeli-los a fugir e a abandonar o lugar.
Quase todo o pessoal dependente dos diversos estabelecimentos - retiros e postos - do Barranco Branco, e à instigação do dono, lhes eram hostis.
Alegava-se sempre como pretexto que os índios roubavam os cavalos e o gado das suas fazendas e retiros.
Tudo isso, disseram-me, eram mentiras, visto que os próprios Guaicurus desde longos anos e muito antes que
[link=19609]Ilustração: Travessia em \"peloba\" do Corrixo do \"Veado Gordo\" na Ilha de Nabileque[link]
[link=19610]Ilustração: Ao pé de uma grande figueira[link]