A vida dos índios Guaicurus

CAPÍTULO XXV

ALGUMAS REFLEXÕES...

A intensidade do foco luminoso que nos iluminava correspondia mais ou menos ao de uma vela de sebo, destas que se usavam antigamente.

Era primitivo, porém não havia que estranhar-se.

Porquanto vi o mesmo processo empregado em todas as campanhas matogrossenses, e pela maior parte dos habitantes.

Assim se poupavam o trabalho de moldar as velas. No entanto, há sempre alguns deles que não recuam diante desse trabalho.

Para utilizar as graxas brutas, empregava-se um pequeno aparelho, candeia, sem dúvida importado de Portugal, composto de um pratinho de ferro com a borda relevada de dois centímetros e providos na sua circunferência no diâmetro oposto a este da sua suspensão; de um biquinho, fora do qual se faz sair a torcida que acendida dava ao lume. A sua armação, fixada numa varinha de ferro por um preguinho, permitia-lhe oscilar levemente — meia suspensão a cardan — e mantinha o pratinho horizontal. A varinha de 25 a 30 centímetros terminada em ponta, facilitava a colaboração do aparelho onde se julgava mais conveniente.

Colocava-se geralmente numa parede. Os muros das casas são de terra, ou madeira e barro.