CAPÍTULO XXIX
NOVA CAÇADA NA LAGUNA DO BREJO
Eu havia pedido a Joãozinho que voltasse à laguna do brejo, onde matamos as duas garças no terceiro dia de nossa chegada à aldeia.
Ao que concordou.
Depois de tirar o jejum, saímos a cavalo, armados cada um da nossa clavina como de costume.
Passamos pela roça grande e seguimos mais ou menos a mesma direção que tínhamos tomado a vez precedente, isto é, seis dias antes.
Andamos mais ligeiro porque não perdíamos tempo em reparar ou examinar coisa alguma nos diversos lugares por onde passamos.
Digo isto sobretudo para mim.
O índio, por hábito, vê de um só olhar e golpe de vista todas as coisas que o interessam e que ocupam o seu espírito de uma maneira quase constante quando viaja ou anda pelos campos, e tira logo as deduções que se impõem.
Repara sobretudo nos rastros deixados, quer nas ervas, quer na terra desnudada.
Nos trilhos formados a princípio pelos animais selvagens - antas e queixados principalmente - são ainda estes últimos mais particularmente que, andando em bandos, muito numerosos e sempre uma atrás da outro quando têm
[link=19619]Ilustração: Cerâmicas dos Guaicurus[link]
[link=19620]Ilustração: Guerreiro Guaicuru[link]