A vida dos índios Guaicurus

O cavaleiro escondido por uns arvoredos que se interpunham e se alongavam numa linha paralela ao trilho que ele seguia parecia vir do Tigre, isto é, da aldeia do Capitão Guazú-Ãcã.

Ansiosa e quase tremendo, não de medo por si, porque não temia nada, mas por todos os seus e também de emoção, ela aguardou.

O cavaleiro desembocou por fim na parte do campo. Logo ela o reconheceu.

Era um de sua gente, o camarada Guaicuru de Santo Antônio, o mesmo que os havia alertado.

Jhivajhãá ergueu-se vivamente e deu um grito. O jovem bugre, olhando atrás, a viu.

Imediatamente acercou-se dela e contou-lhe que na hora em que estava para sair do Tigre, todo o pessoal da aldeia em massa estava se pondo em marcha pela mata e que agora estava a salvo de qualquer surpresa e agressão.

Todos os homens, mulheres e crianças não tinham mais nada que temer, e quanto à aldeia, não ficava mais do que os ranchos vazios.

Ele contou também que tinha sabido que, na véspera, dois homens da Aldeia do Tigre que trabalhavam na roça tinham ido na direção do pantanal em busca de mel, nos capões disseminados no campo, e que tinham topado com um bando de queixados que tinham perseguido bastante longe, depois de terem matado alguns deles.

Quando ocupados a preparar a sua caça para carregá-la nos seus cavalos, eles ouviram ao longe, na direção do poente, o vento soprando para o lado deles vários tiros.

Muito surpreendidos, estranharam a ponto de duvidar e de não acreditar nos seus ouvidos; mas também