Explicaram-nos as razões da demora de sua viagem; razões bem fúteis; e ficaram assombrados quando souberam que estávamos lá há dois dias cheios.
Para recompensar o Capitão Guazú-Ãcã e o Capitãozinho, e também para demonstrar-lhes a nossa amizade, convidamo-los a bordo para almoçar. Ordem havia sido dada ao cozinheiro para que preparasse uma gostosa, mas sobretudo, uma muito copiosa comida.
Depois, tomando nas reservas de bordo erva-mate, açúcar e várias latas de conservas — sardinhas — lhes demos de presente, com dois pequenos machadinhos, não tendo outras ferramentas para dar-lhes.
Na casa de Benevides compramos ainda alguns quilos de mate para acrescentar aos de bordo que já lhes havíamos dado.
Aqui aproveitarei para notá-lo que já em Santo Antônio do Nabileque havia gratificado Joãozinho, para dar de presente às suas mulheres, com uma dezena de metros de algodão e mais ou menos cinco a seis qiilos de erva-mate, e, mais ainda, um metro de fumo.
Todos ficaram muito satisfeitos e demonstravam muita alegria.
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Tínhamos passado e perdido mais tempo do que desejávamos. Para não retardar-nos mais, e depois de haver feito transportar a bordo tudo quanto compunha o conjunto de nossa bagagem, estendemo-nos reciprocamente em longos cumprimentos e agradecimentos a Benevides e a toda sua família.
Apertamos as mãos estendidas dos nossos amigos e, para mostrar a todos uma maior afeição, demos-lhes o abraço à brasileira, o que muito apreciavam os bugres.