Vitoriosos, os Guaicurus traziam tudo quanto a pilhagem dos acampamentos e aldeias dos inimigos podia dar-lhes de interessante e de proveitoso segundo as suas conveniências. Eles faziam também alguns prisioneiros, às vezes homens, mas sobretudo mulheres e crianças.
Joãozinho tinha com ele, na sua aldeia, duas mulheres e um homem chamacocos que eram os seus escravos.
Este vocábulo, empregado por eles em brasileiro, — "escravo" — me surpreendeu muito. Mas, se a palavra existe, no fundo, o que significa não subsiste. Vivem todos entre eles, donos e escravos na mais larga comunidade. Somente segundo a boa disciplina e conforme as tradições as mais antigas, todo membro da tribo, escravo ou não, deve obediência passiva ao chefe, ao cacique, ao Capitão, nas circunstâncias graves.
Os escravos vivem, pois, com os seus donos, como membros da família, cabendo-lhes obedecer como os demais.
Os Guaicurus guerreavam também contra os índios Guaranis, dos quais eram os vizinhos mais próximos, separados apenas por uma distância de uma dezena de léguas no máximo.