Ela era uma verdadeira amazona. Montava a cavalo como o melhor dos cavaleiros de sua tribo e em qualquer animal, o primeiro que se apresentava, apenas domado, ou mesmo sem sê-lo, que ela mesma laçava, se preciso, com tanta destreza que o teria feito o melhor e mais hábil dos "cowboys".
Era, segundo se dizia, de uma destreza notável para o tiro à bala com as espingardas ordinárias que grande parte dos homens de sua tribo possuíam. Mulher incansável. Podia fazer, como já lhe aconteceu em diversas ocasiões, caminhadas consideráveis nos macegões dos brejos — como os que existem na região e que são imensos, ou ainda nas campanhas desérticas, atravessando rios, corrixos, brejos, carandazais intermináveis ou matas espessas, onde os encontros perigosos eram sempre possíveis.
A sua resistência física havia sido provada muitas vezes e posta à prova pela sua própria vontade e, também, muitas vezes com risco de sua própria vida, tão grande era o devotamento que tinha para com a sua tribo e particularmente para com Joãozinho, seu marido.
Muitas vezes, a tribo achou-se na obrigação de mudar de acampamento, segundo certas circunstâncias, e também devido às ameaças frequentes que lhes fazia o Senhor de Barranco Branco.
E no vasto território por ela ocupado, nos foi dado ver numerosos lugares abandonados, e onde antigamente haviam fixado suas moradas.
Entre as mais recentes perseguições que a tribo teve de sofrer, Joãozinho me contou — no seu estilo e à sua maneira, uma na qual três anos antes Jhivajhãá foi quase vitimada. Mas, graças a sua coragem,