Essas situações, entre as mais críticas e as mais penosas, provinham principalmente e sempre, das ameaças e perseguições de que eram as vítimas designadas desde três a quatro anos já, de parte das autoridades policiais de Corumbá.
Perseguições que se davam sempre à instigação e a pedido do seu temível vizinho do "Barranco Branco".
Para evitar represálias sangrentas, quase sempre, em lugar de se defenderem e de fazer face ao inimigo, preferiam e procuravam retirar-se, esconder-se antes de apresentar uma qualquer resistência.
E tinham razão. Era a prudência mesma que os guiava.
Sabiam perfeitamente que se a sorte ou a infelicidade fazia que as suas balas fizessem uma só vítima que fosse nas linhas dos seus agressores, teriam de sofrer uma batida, na qual seriam mobilizados até as forças federais, como aconteceu em fim de 1598 e da qual seria posta de lado toda compaixão.
Matar! seria a ordem.
Tudo isto, sabiam-no perfeitamente, tanto que — apenas se anunciava uma ameaça — e tinham bons amigos para preveni-los — tomavam disposições para meter-se em lugar seguro e ao abrigo de todo e qualquer ataque.
A fim de evitar toda surpresa possível, os membros da tribo contribuíam, segundo as suas forças e os seus meios, a vigiar do modo melhor e mais adequado pela segurança geral.
Foi, pois, em diversas circunstâncias, que Jhivajhãá arriscou várias vezes a sua vida para salvar a do seu marido e também para impedir a destruição de sua tribo e a dispersão do resto dos seus membros.