A vida dos índios Guaicurus

e deixar-lhe na memória uma boa lembrança dos seus amigos Guaicurus.

Para mim, adiado este passeio, ou melhor, esta visita à Aldeia Grande, era indispensável para bem empregar esses dois dias com proveito organizar também, com Joãozinho, uma caçada que nos permitisse pacientar e ajudar-nos a passá-los da maneira a mais agradável.

Evidentemente não enxergava nisso nada mais além do meu próprio prazer e único divertimento.

Dado o recado, os dois bugres voltaram à aldeia para levar a resposta do Capitãozinho.

Logo após a saída dos índios, comuniquei a minha ideia a Joãozinho. Ele aceitou-a, imediatamente.

Ficou pois decidido que nos encaminhássemos ao Norte, nordeste da Aldeia mais ou menos, na direção das cabeceiras do rio Niutaque na serra "Bodoquena".

Tencionávamos partir cedinho, na madrugada do dia seguinte.

Precisava levar as redes para dormir e mantimentos para dois dias. Joãozinho incumbiu dois dos seus homens de ir campear os cavalos e metê-los de noite na corda, a fim de tê-los prontos e acuados de madrugada. Ele mesmo, pouco depois, apartou os mantimentos para nossa matula.

Estes consistiam num pedaço muito pequeno de carne seca — a provisão da aldeia era quase esgotada — algumas espigas de milho verde para assar e raízes de mandioca com uma pequena quantidade de farinha da mesma planta.

Era muito pouco, porque três bugres deviam acompanhar-nos, e, para cinco pessoas, os mantimentos