Jhivajhãá acocorada ao lado de Joãozinho ergueu-se e, enchendo uma guampa de água, que foi buscar numa grande cabaça, apresentou-me-a.
Fiz algumas abluções que não eram mais que um simulacro de toilette e fui pôr-me de cócoras ao lado dos outros diante do fogo.
Tomei então mate que Jhivajhãá servia à roda.
Creio ter-me esquecido dizer que a aldeia se achava à beira de um brejo que era a cabeceira, ou melhor, uma das cabeceiras, a mais alta do corrixo Tuiuiú; isto é, uma das nascentes onde principiava.
A água, em muito pequena quantidade, corria entre altas ervas do brejo e só podia apanhar-se em buracos feitos o mais perto possível da parte firme do chão, o mais próximo dos ranchos, e em lugar limpo.
Os buracos ou poços enchiam-se por infiltração.
Meia hora depois, mais ou menos, já estavam aparecendo ao nascente as primeiras listas alvacentas anunciando o romper do dia.
Joãozinho mandou buscar os cavalos, que selamos.
Cada um de nós carregou uma parte do que devíamos levar, além das armas, machados e facões.
Para dormir, eu levava só a minha rede com mosquiteiro.
O meu ponche, como cobertor, era suficiente. Todos aqueles preparativos foram feitos bastante rapidamente.
Eu mesmo havia selado o meu cavalo e arrumado a pequena parte da carga que me havia reservado.
Muito antes da saída do sol estávamos a cavalo e nos colocamos a caminho.
Cinco cachorros acompanharam-nos, e entre eles havia dois bons "onceiros".