A vida dos índios Guaicurus

agrupando variedades numerosas que dão em abundância, o ano inteiro, em qualquer estação, um mel excelente.

Esta profusão de víveres e alimentos de toda sorte que a Natureza sempre pródiga acumulou nestes climas, favorecidos ainda com uma temperatura clemente, ela os oferece ao homem, mas a preço de esforços incessantes, algumas vezes penosíssimas.

Para os índias, esta atividade é muito simples e muito fácil, e, para praticá-la e meter-se em a000da expedição aos incidentes e acidentes possíveis, isto é, a todos os imprevistos, tinha parte bastante grande, muitas vezes lhes aconteceu, ao faltarem os mantimentos, não poderem encontrar a menor, a mais insignificante caça para suprir as necessidades de ocasião.

Para nós, nesta pequena viagem, não se daria certamente o caso de termos que sofrer fome.

Se os nossos mantimentos viessem a faltar, não seria privação senão por poucas horas, quando muito; conquanto os índios achariam sempre recursos onde os civilizados passariam fome.

Quase logo que anoiteceu, fomos deitar-nos.

De manhã cedo, ainda com noite escura, Joãozinho sentado pertinho do fogo que sempre se fazia fora do rancho, tomava mate com os três bugres que deviam vir conosco na caçada.

Era Jhihajhãá que o servia.

Levantei-me da minha rede, e aproximei-me do grupo.