Neste momento descobrimos à nossa direita e talvez a mais de um quilômetro de distância, na direção nordeste, uma pequena manada de bovinos.
Sem dúvida nenhuma, era um gado "orelho" como se diz aqui e já o explicamos, isto é, gado não assinalado, nem marcado, e virado arisco, selvagem.
Joãozinho julgou inútil tentar aproximar-se deles, conquanto estávamos debaixo do vento; e a volta que se teria necessidade de fazer para tomar o vento pela frente obrigava a descrever uma curva muito comprida, e em sua quase totalidade a pé.
Seguimos pois a nossa primitiva direção até chegar à linha dos arvoredos dos capões e bosquezinhos.
Vista de longe, apresentava-se como uma espécie de cerrado mais ou menos espesso e sem soluções de continuidade, quando era tudo ao contrário; ela estava constituída de pequenos cerradinhos separados uns dos outros e disseminados no campo limpo que entre eles ficava levemente a um nível mais abaixo.
Os cachorros, trelados, (21)Nota do Autor levados por dois índios que tomavam uma direção perpendicular a que estávamos seguindo.
Joãozinho e eu, com mais o terceiro bugre, apeamos e paramos à sombra de uma árvore chamada "péuva" que é o lapacho dos paraguaios e o "ipê" dos outros estados do Brasil. (Peúva do campo — flores amarelas).
Os três, assentados ao pé, esperamos que os dois índios tivessem feito bastante caminho adiante.
Vinte minutos mais tarde, aproximadamente, remontamos a cavalo e continuamos nossa marcha sempre na direção primitivamente seguida.