Assim, andamos adiante mais um quilômetro e meio, sem que o chão, isto é, o campo, mudasse de aspecto.
Somente de vez em quando encontrávamos um capão de maior tamanho e também mais apertado.
Joãozinho nos fez então endireitar a marcha, tomando uma nova direção, mais ou menos paralela, que foi seguida pelos bugres que levaram os cachorros.
Desde o rio Niutaque, e mesmo bem antes de alcançá-lo, não existia mais trilho algum. Andávamos, pois, pelo campo, procurando somente e apenas para nossos cavalos o caminho melhor — o que se pode dizer por eufemismo — visto que nenhum havia.
No campo, a uniformidade das gramíneas que nele vegetam não dá lugar à escolha. Pode-se deixar o cavalo andar à vontade, não tendo que mantê-lo na direção. Isto não se pôde fazer nas partes mesmo levemente cobertas, seja com matos, seja com pequenos arbustos ou arvoredos.
Andávamos na nossa nova direção, havia já um quarto de hora, quando Joãozinho descobriu à nossa esquerda um cervo e sua felina.
Não nos haviam ouvido, apesar de que o vento ia na direção aonde se achavam; mas a distância de 500 metros pelo menos, era certamente a razão. Não se via deles mais que a cabeça que só emergia acima dos colmos secos da macega.
Paramos e apeamos. Joãozinho foi-se, cortando através do alto macegal, caminhando, apenas com o corpo um pouco dobrado, dando porém uma volta bastante grande, para tomar o vento de frente em quanto fosse possível.
O macho sozinho valia bem o cartucho e sobretudo a pena que dava de ir abatê-lo; mas o trabalho, como já dissemos — para os índios, em casos semelhantes não