A vida dos índios Guaicurus

ar, e os nossos companheiros que haviam recarregado suas armas fizeram-lhe eco.

Quase no mesmo instante ouvimos, pertinho de nós, uma sequência de uns vinte disparos de armas de fogo que respondiam aos nossos tiros.

Andamos ainda mais devagar, pois a galope vimos aparecer na nossa frente e ao nosso encontro uns quinze, talvez uns vinte cavaleiros brandindo no ar seus fuzis, bradando com toda a força dos seus bofes, grandes gritos de alegria, como para manifestar o seu contentamento.

Estavam encabeçados pelo Capitão Guazú-Ãcã. Tinhamos feito alto. E quase numa linha, fizemos frente.

Os cavalos dos que chegavam assim, diante de nós, pararam o seu galope quase ao nariz dos nossos.

O Capitão Guazú-Ãcã falou então, dirigindo-se ao Capitãozinho.

Natural e infelizmente eu não pude pegar nem compreender uma só palavra das que pronunciou; mas, não havia dúvida, uma parte referiu-se a minha pessoa.

Joãozinho respondeu-lhe em algumas frases de que também não entendi nem o sentido; e, logo, todos juntos retomamos a marcha em diante para chegar à aldeia.

Estava eu enquadrado pelos dois caciques.

O Capitão Guazú-Ãcã estava à minha direita e o Capitãozinho andava na minha esquerda. Todos os demais Guaicurus seguiam atrás de nós.

A trotezinho fizemos nossa entrada na aldeia, acompanhados como se pode imaginá-lo por uma escolta imponente!

Este cerimonial parecia obedecer, como se poderia acreditar, a certas regras protocolares postas em prática somente na ocasião da recepção de um chefe da