tribo, na volta de uma longa e demorada expedição guerreira, como lhes acontecia antigamente.
Salvo se, por tradição, a tribo tivesse tido em tempos longínquos a visita de alguns caciques de tribos vizinhas e amigas, aos quais queriam prestar homenagem e se havia deste modo regulamentado sua recepção.
Mas ainda esta hipótese é pouco provável e acertada, visto que os Guaicurus têm estado sempre em guerra com os seus vizinhos e que ainda mais, eles eram os únicos índios dispondo de cavalos. O seu conhecimento e posse de armas de fogo não eram anteriores à guerra Paraguaio-brasileira.
Seria mais lógico supor, e assim estaríamos mais perto da verdade, que este cerimonial era simplesmente uma cópia, uma imitação do que tinham tido a ocasião de ver executar pelos brasileiros mesmos, em certas circunstâncias, durante a guerra pré-citada; que assimilaram e que vão praticando com bastante perfeição, mas talvez com algumas pequenas ajunções derivadas da sua imaginação, quando querem prestar homenagem a alguém de sua nação, a um chefe muito estimado e querido ou a amigos muito apreciados.
Eu tive a impressão de que o que faziam era simplesmente para testemunhar-me — do seu modo — misturando certas formas que por costume praticam para alguns da tribo, depois de uma longa expedição e ausência — uma forte e grande amizade devido às recommendações que lhes fizeram ao meu respeito, não tanto como estrangeiro, posto que, para eles, os estrangeiros são todos os que não são Guaicurus, mas como amigo verdadeiro.
Contudo, assemelham-se ao Brasileiro, visto que reclamam para si a nacionalidade brasileira a qual reconhecem direitos, mas depois da de Guaicurus!