ferozes foram refreados e que a mudança dos seus sentimentos, perante os seus semelhantes, se encontra em via de um grande melhoramento, que poderia aumentar aos poucos pelo seu contato mais frequente com os autócnes.
É verdade, e é preciso dizê-lo e reconhecê-lo, que estes últimos, os autócnes, nem sempre para dão os bons exemplos, porque em muitas ocasiões a delicadeza e a lealdade que os silvícolas na sua ingenuidade infantil, trazem quando entram em relações com os aborígenes civilizados, estes não procedem sempre para com os bugres com toda correção, além de escarneá-los.
Se é de lastimar que nenhuma missão até hoje tenha sido mandada para catequizá-los!
Agora existem muitas probabilidades de que a tribo dos Guaicurus chegue a desaparecer antes, seja por dispersão dos seus membros — dispersão contra a qual lutam com todo afã — ou pela sua fusão com os aborígenes.
Ainda, neste caso, essa fusão só pode ser possível com os brasileiros — pretos ou caboclos — o que será muito demorado e difícil devido às enfermidades contagiosas e ao alcool.
Não acreditamos que exista em toda a tribo e ao todo, mais de que uns sessenta homens válidos.
É certo que vi um importante número de varões, meninos ainda, nos quais a tribo sem dúvida funda as suas esperanças, mas para quem uma catequese seria de grande proveito, e permitiria quase sem transição trazê-los à nossa civilização.
Durante todo o tempo da nossa conversa e no meio de nossas reflexões o giro da guampa de mate não tinha parado.