face e mais ou menos à mesma distância que antes; os homens ocupando então o lugar que tinham as mulheres.
Esta primeira parte, que me parecia como copiada de alguma quadrilha vista em alguma parte, em casa de brasileiro, se repetia duas ou três vezes.
Cada mudança de lugar exige de todos os dançarinos que cada homem alterne com uma mulher, fazendo frente todos juntos, seja para a direita, seja para a esquerda.
Eles vão, então, desfilando-se num longo monômio descrevendo numerosas circunvoluções ao mesmo tempo que os seus passos vão segundo o compasso da música, que se acha ela mesma acompanhada pelo palmear dos bailarinos e de todos os assistentes que os rodeiam.
Animam-se com as contorsões do seu corpo em posições muitas vezes inestéticas, quase sempre com movimentos que parecem bastante pesados, e com tendências que parecem lascivas. Atitudes e posturas que lembram algumas ações ou gestos da sua vida, como a caça, o ataque o inimigo, pela surpresa, pela astúcia, a batalha, a vitória.
Os gritos acompanham a dança nos momentos críticos ou patéticos. Eles são agressivos e ameaçadores, como no ataque e na batalha, ou de alegria na vitória e na caça.
Reformam-se em seguida como no princípio e recomeçam as suas danças.
Logo cada grupo, masculino e feminino, formado em monômio separado, imita, entrecruzando-se e em numerosas e complicadas circunvoluções, os movimentos ondulatórios e serpejantes de dois sucuris gigantescos, procurando dominar-se, subjugar-se e a pegar-se um a outro, como num enlaçamento: um, o feminino, recusando-se ao outro até que o monômio masculino, que é afinal sempre vitorioso, chegue a domar pela sua agilidade maior o seu adversário