A vida dos índios Guaicurus

Temos visto por outras partes um outro sistema de iluminação, num país da América do Sul, nos campos onde o mel se achava em abundância, mel de abelhas silvestres de melíferas como aqui.

A cera estava parcimoniosamente guardada e conservada.

Estava reservada para iluminar as casas. Com ela fabricavam-se, na hora mesma de servir-se delas, pequenas velas.

Para isso, tornava-se o colmo seco de uma gramínea que se arrancava do telhado do rancho, coberto de palha — tendo um metro por um metro e meio de diâmetro, ao redor do qual se enrolava uma tira de algodão ou pano qualquer da mesma matéria e por cima aplicava-se uma camada de cera que, amassada e amolecida na mão, é transformada numa fitinha que se enrolava do mesmo modo que a tira de panos. Estas velas faziam-se do tamanho do dedinho.

Infelizmente estavam afetadas por um defeito capital, e mesmo de dois: queimavam-se demasiado ligeiro e em troca de pouca luz, davam muita fumaça.

No mundo inteiro, os progressos da iluminação foram rapidíssimos. Há oitenta anos apenas, podia-se ver na França em certos lugarejos do Sudeste, os habitantes pobres iluminarem-se com velas de breu, velas que tinham toda a aparência das de cera que mencionamos acima que, além de pouco lume, fumaçavam muito. Tinha-se a obrigação de mantê-las em uma das paredes laterais da chaminé, entre as lâminas da forqueta de um ferro fixado para esse fim. A peça ou o quarto quase inteiro ficava na escuridão.

Naquela mesma época as pessoas de algum recurso iluminavam-se com velas de sebo; os muito ricos, com velas de cera. Depois, apareceram as lâmpadas de azeite, as