A vida dos índios Guaicurus

A abundância e a alegria andam aqui de par. Elas iam durar vários dias seguidos, pelo que entrevi das disposições desta boa gente que não sonhava agora com outra coisa senão viver tranquilamente e sem inquietação alguma.

Estes bugres não invejavam os civilizados e não tinham ambição nenhuma que os levasse a melhorar a sua sorte — segundo o nosso ponto de vista — e a aproximar-se de nossos costumes.

O estado em que eles viviam lhes bastava.

Satisfaziam-se muito bem com as alternativas de abundância e de inécia pelas quais, sua vida do dia-a-dia os condenava.

Mesmo assim, eles achavam-se felizes!

Os seus únicos temores eram sempre que, em consequência de calúnias, como sempre havia acontecido, recomeçassem contra eles as perseguições que cada vez tinham feito entre sua gente numerosas vítimas.

Estendi-me na minha rede, o Joãozinho e o Capitão Guazú-Ãcã, continuavam sua conversa, a qual três outros bugres tinham vindo juntar-se.

Afinal, não prestei mais atenção.

Eles falavam na sua língua.

Adormeci.