Quando julguei que eu tinha chegado à boa distância, sessenta metros quando muito, levantei minha arma e apontei à garça que melhor se apresentava ao meu tiro.
Neste momento eu vi Joãozinho fazer o mesmo gesto e, logo firmando a pontaria, apertei o gatilho.
Um quarto de segundo depois, ou menos ainda, estoura uma outra detonação.
Erguendo-nos,logo fomos buscar as nossas duas vítimas; entrementes, os outros hóspedes da laguna, assustados, fugiam a toda força das suas asas.
Recolhemos os brancos longipernos, duas garças da espécie maior, que nos deram umas vinte gramas cada uma de suas mais lindas penas.
Era tudo quanto podíamos fazer.
Pois voltamos em busca dos nossos cavalos.
Não era mais do que uma hora da tarde e estávamos só a três léguas (18 km) da aldeia, para onde devagar nos dirigimos.
Nesta viagem de regresso, repassamos no mesmo carreiro da ida.
Não tínhamos probabilidade nenhuma de topar com uma onça qualquer.
Andávamos um atrás do outro. Os cavalos por instinto escolhem esta ordem de marcha. Os que vêm atrás do que abre a marcha, nunca se cansam tanto como este.
Joãozinho caminhava na frente.
Falou-me das grandes caçadas que sua tribo costumava fazer de vez em quando, mas principalmente nas épocas das queimadas que atraem, sempre aos campos incendiados um grande número de caça de toda qualidade, e, sobretudo em primeiro lugar, da caça mais grossa, na qual figuram todos os mamíferos ruminantes.