A vida dos índios Guaicurus

É a este braço que foi dado o nome de rio Nabileque. É também o nome desse rio que foi dado à ilha, cuja formação é intimamente ligada ao desenvolvimento do mesmo braço. A sua largura varia de 10 a 20 metros conforme os lugares; mas o seu leito tem pouca profundidade.

Apenas se pode dar passagem a embarcações de 30 a 40 cm de calado, no tempo da seca. Ainda mais, o seu canal acha-se em certas partes atravancado por camalotes e outras plantas aquáticas, ramos, troncos e até árvores inteiras que nele vão acumulando as enchentes.

Bastante curioso é ver, nesta ilha baixa e chata, erguerem-se, acima de sua planície, alguns morros de uns centos e poucos metros de elevação.

Um deles, um tanto central, chama-se morro SINGULAR, o outro, um pouco menos elevado, leva o nome de morro do PACÚ; um terceiro, cuja importância em tamanho é muito maior, fica conhecido pelo nome de morro MACIEL. Este se acha na margem direita do rio Nabileque, a mais ou menos 28 quilômetros, águas acima, do ponto onde desemboca no rio Paraguai a foz de baixo do Nabileque.

A base do morro Maciel estende-se na beira mesma deste rio.

O pé do morro Singular desenvolve-se numa superfície de uns 8 a 10 hectares somente e, do lado Sul, vê-se uma laguna cuja área estava bastante aumentada em consequência das últimas chuvas que precederam nossa passagem por ali. As suas beiradas são atoladiças e estendem-se muito no campo alagado. Se veem nelas muitas aves pernaltas, representadas por numerosas espécies e variedades: tuiuiús, cabeças-secas (1)Nota do Autor,