garças, galinholas, narcejas, maçaricos, etc, etc, como também por muitos patos. A ilha compõe-se de campos limpos baixos, alagadiços na sua maior parte, de carandazais onde vegetam as essências florestais próprias do país; veem-se em lugares mais elevados as mesmas que nessa latitude, e se desenvolvem em terrenos mais secos. Veem-se também capões de bacuris. Como havia chovido muito, o que era pantanal baixo estava quase cheio, isto é, em grande parte alagado.
O amigo que nos hospedou, vendo que os bugres se demoravam muito para chegar, supôs que esse atraso era devido às grandes chuvas que haviam caído. Por isto, a nosso pedido, para não nos retardar demasiado, visto ignorarmos quanto tempo ainda teríamos de esperar os índios, aceitou acompanhar-nos até a fazenda de um português chamado Braga, situada na margem esquerda do Nabileque e denominada "Santo Antônio do Nabileque". Tínhamos que atravessar a ilha, quase em todo o seu comprimento, na direção S-S. E com uma distância de 110 a 115 quilômetros aproximadamente, o que representava para os nossos animais um pouco mais de duas jornadas de marcha.
Para não fadigar demais os nossos cavalos,íamos ficar na obrigação de montar bois de sela, cujo pé é mais firme, mais seguro e, por ser fendido, lhes permite varar os terrenos apaulados com maior facilidade e com fadiga menor.
Assim ficou deliberado e decidido, marcando a manhã seguinte para nossa saída.