uma pequena laguna. De um lado, ao poente, um capão de carandais e, ao nascente, um campo baixo que havia sido queimado um ou dois meses antes, ia proporcionar aos nossos animais a excelente e abundante pastagem, de que eles muito precisavam.
O tempo estava lindo. O vento tinha-se mantido ao sul. O ar estava bastante fresco, e ajudado pelo vento, afugentara ou pelo menos reduzira em muito as nuvens de mosquitos que de costume incomodam tão impertinentemente o viajante que atravessa essas regiões no tempo das chuvas.
A noite prometia ser bonita. Não armamos nossas barracas, nem as nossas redes. Fizemos as nossas camas no chão, do lado do campo; no lado oposto, havia um carandazal. Pela manhã, à saída do Sol, estavamos de pé. Empacotados os nossos trens, selamos e carregamos rapidamente, depois de haver mastigado para quebrar o jejum, um resto frio do churrasco do nosso jantar da vespéra. Foi o nosso almoço depois do mate.
E logo, em caminho, apressamos a marcha. Depois de seis horas de viagem, chegamos a avistar a fazenda.
Mas foi somente cerca de duas horas mais tarde que paramos na margem direita do rio Nabileque, em frente da casa da fazenda Santo Antônio.
Chamamos.
Um camarada veio numa canoa para fazer-nos atravessar o rio. Benevides e Maneco, ajudados pelo camarada da fazenda, ocuparam-se da travessia dos animais e da bagagem.
Chegados à casa, construída a uns vinte metros da beira do rio, apresentamo-nos. Nossos práticos Benevides e seu filho eram muito conhecidos dos donos da fazenda.
O proprietário estava ausente. Só a senhora dona da casa, com quatro filhas e dois filhos moços, nos receberam