A vida dos índios Guaicurus

apesar de terem acabado de percorrer 250 a 300 quilômetros, e tocavam três a mais, para revezarem, no caminho.

Íamos pois constituir um grupo de seis cavaleiros.

Repartiram entre si a carga que consiste em carne fresca, minhas malas, minha rede e uma pequena barraca que levo para o caso de tornar-se necessária, ainda mais uma sapicua com muda de roupa.

O que levo pessoalmente é somente o ponche e o Winchester, o revólver e um pequeno facão.

Não me faço acompanhar por camarada nenhum. Imprudência talvez, quando tenho cinco índios para me servir.

Por intermédio do Capitãozinho, que fala bastante bem o português e compreende igualmente o espanhol, mando fazer tudo quanto preciso.

Estamos todos prontos.

Cumprimentamos e agradecemos a dona de casa e a todos os seus filhos, meninas e rapazinhos, pela sua desinteressada hospedagens e tão afável acolhimento.

E depois de ter dado um abraço nos moços da casa, assim como aos meus companheiros de viagem, desejando-lhes muita sorte e também viagem feliz, - cada um de nós pôs-se em caminho, seguindo direções diferentes, conforme suas obrigações e suas necessidades lhe impunham.

E quanto a mim, com os "meus" índios, tomávamos a direção Leste-Sudeste.

O tempo era bonito e, apesar da hora um pouco tardia em que saíamos e deixávamos a fazenda Santo Antônio do Nabileque, os meus novos companheiros de viagem prometeram e afirmaram-me que chegaríamos pela tarde à Aldeia do Tuiuiú, que era a do Capitãozinho.