A vida dos índios Guaicurus

o seu pessoal, tanto mais quanto tinham um dos seus, camarada.

Estranhei muito a diferença tão notável que havia entre Guazú-Acã e o Capitãozinho, e que, logo que o vi, me deu na vista.

E estava quase para não acreditar que Joãozinho fosse um Guaicuru legítimo.

Era mais conversador que os seus companheiros. Atribuí a razão da sua maior loquacidade ao fato de ser ele, entre os seus, o único que falava correntemente o português. Quanto aos outros e principalmente o Capitão Guazú-Ãcã, só lhe sabiam as palavras mais usuais, porém insuficientes para uma conversação.

Os três outros guaicurus que acompanhavam os seus chefes eram homens fortes e sólidos, bem constituídos, cuja idade regulava entre 25 e 35 anos. Os três representavam o tipo de belos rapagões, menos no que concernia às suas fisionomias. As suas feições tinham do índio todas as características.

Todos estavam com armas de fogo - antigos fuzis a pedra que haviam sido transformados e importados da Europa na ocasião da guerra do Paraguai com o Brasil e que vinham acabar nas aldeias dos Guaicurus e lambem nas mãos de numerosos aborígenes.

O capitãozinho e o seu chefe, o Capitão Guazú-Ãcã, eles só, levavam, cada um, uma velha clavina Remington.

Todos tinham um grande facão que lhes serve de faca - e até de canivete - e que não abandonam nunca.

Dois deles carregavam, fixado pela cincha (9)Nota do Autor do seu cavalo, cada um, um machado.

Montavam cavalos que pareciam muito bons e fortes,