A vida dos índios Guaicurus

em que algumas nuvens escuras vêm sombreando às vezes os ânimos, faz desenvolver esse sentimento penoso, tristonho, irrequieto e apaixonante que se chama o ciúme.

Por serem índios, não lhe escapam.

Para voltar a Jhivajhãá, era ela que procedia as pinturas, maquiagens e tatuagens falsas, simuladas.

Tatuagens que levam a vantagem sobre as verdadeiras, porque não são dolorosas, e que se desmancham e se suprimem quando não são mais do agrado dos que as levam; e se refazem ou se substituem por outras, conforme os desejos, segundo um modelo novo, quando o último deixou de agradar. Hoje, poderia dizer-se segundo um modelo mais novo, ou mais moderno estilo.

Mas na maior parte das circunstâncias, é conforme o gosto da própria artista que julga melhor os efeitos da sua arte, sobretudo quando se trata de pintar as costas, que, por falta de espelho, a interessada não pode dar a sua opinião, e tem que aceitar o que sabe do gesto artístico da especialista.

As pinturas ou maquiagens consistem apenas em aplicações mais ou menos esfumadas de urucum ou de ocre amarelo escuro ou avermelhado, sobre o rosto e algumas partes do corpo.

Esta "maquiagem" não tem nada de artístico.

As tatuagens simuladas são feitas quase sempre no rosto, mas geralmente nas vésperas de grandes festas e regozijos que organizam entre eles na tribo. Festas em previsão das quais se fazem longos preparativos.

Antes de tudo fazem-se grandes provisões de carnes.

Como eles têm um gado de sua propriedade, sacrificam-se nessas ocasiões um novilho ou dois, na hora em que é preciso, caso não tenham carnes de caça em quantidade