A vida dos índios Guaicurus

que repartem com ela, no que há de menos artístico, a tarefa árdua de tanto trabalho ocasional.

É preciso igualmente tomar em conta que a cada um cabe o cuidado de aprontar as suas vestes para as festas.

Na questão do vestido, da confecção dos fatos, deve-se também assinalar que existe entre os membros da tribo muita emulação. Cada qual trabalha por fazer melhor. E as tradições as mais antigas da tribo, sempre respeitdas, são aproveitadas e trazem por uma parte a sua contribuição.

A arte moderna, ou moderno estilo, não tem até a hora presente, forçado nem violado as fronteiras da "Nação Guaicuru".

Os adornos de penas multicores constituem as peças principais das vestes. Eles são usados mais ou menos largos; acima do tornozelo, nos punhos, nos braços, na cintura e na cabeça.

Para esta, confeccionam-se sempre em forma de diadema e algumas vezes têm grandes dimensões.

Estes adornos empenados são os principais que servem para vestir o corpo. Mas ainda juntam-se-lhes colares, pulseiras, arrecadas, penduricalhos e outros objetos miúdos que constituem os seus "jaezes".

O material que entra no seu feitio são de diversas fontes.

Veem-se sementes de diversas plantas, unhas e dentes de feras, como já o temos dito, e a madrepérola tirada de um marisco que vive nas lagunas. Esta madrepérola é recortada em pedaços de formas e tamanhos diferentes; e os colares confeccionados com ela são de um belo aspecto e efeito em cima da pele escura avermelhada dos índios, assim como os penduricalhos no pescoço e nas orelhas, apesar de serem todos aqueles objetos marcados de um cunho bastante tosco.