renunciar completamente a esta vida a abdicar da menor parcela desta liberdade que gozam, que souberam manter e têm a peito coragem de conservar.
Para guardá-la, deixar-se-iam matar, antes de consentir, em seu prejuizo, na menor concessão que os tornaria escravos de vontades estranhas ou contrárias às suas.
Essas abdicações que mostram o começo da decadência dos povos, se veem somente admitidas e aceitas pelas massas nas sociedades civilizadas, que, de mais a mais, se vão submetendo a supressão de suas liberdades mais legítimas e ao mesmo tempo a todas as tiranias de uma verdadeira escravidão.
É uma sábia filosofia que vão praticando os Guaicurus, que por tradição receberam, e que têm, na sua base, a liberdade individual despojada dos vícios principais que rodeiam e corrompem a do homem civilizado, a qual foi preciso meter um freio e numerosas barreiras, por uma série imponente de leis repressivas.
Essa vida dos bugres, que estaríamos levados a considerar como animalizada, cria e dá, contudo, a felicidade a estes silvícolas que, apesar do que se pode dizer, estão ao abrigo das necessidades.
Porque, para eles, são estas pequenas e pouco numerosas.
É-lhes quase sempre possível se abastecerem amplamente.
Em resumo, podemos dizer que estes bugres são felizes!
É raro que se achem privados de alimentos e, muitas vezes, os têm em abundância.
As vestes são ainda, entre as necessidades dos homens em geral e quase debaixo de todas as latitudes o que, para os índios, é de menor preocupação.
Quanto aos prazeres, aos divertimentos, se constituem