na simplicidade da sua existência, dos seus usos, dos seus costumes, e apesar da falta completa de bem-estar ao ponto de vista material — este, somente segundo o nosso modo de ver — eles eram felizes!
E, na natureza toda primitiva de sua mentalidade simplista, os bugres, compreendiam-no perfeitamente e, tanto assim, que fugiam da civilização, como sendo uma coisa perigosa, como de um mal, de uma doença contagiosa, de um flagelo. Eles preferiam e gostavam mais de vê-la de longe, desde os seus matos, e antes nos outros do que entre eles.
A um trabalho manual qualquer, desde que seja obrigatório, permanente, o índio não é capaz de submeter-se nem dobrar-se.
Assim, em certas fazendas, onde por acaso se emprega um ou outro algumas vezes, não chega a subordinar-se a todas as exigências que pesam sobre ele ou que o próprio trabalho lhe impõe. Logo, abandona o posto.
Seria preciso um treinamento prolongado, durante uma ou duas gerações para chegar a dar-lhes o gosto do trabalho, e ainda assim tem havido tribo de índios que com o tempo, e pouco a pouco, se fundiram com as populações aborígenes vizinhas, no meio das quais elas viviam. Isto se viu e se produziu nos municípios de Miranda, Aquidauana, Coxim, com os índios das tribos Terrenos, Queniquenáus, Lhanas e mais algumas outras, hoje quase inteiramente desaparecidas.
As doenças, sob forma epidêmica, como as bexigas que apareceram em 1886 e 1890, concorreram muito ao desaparecimento de um grande número de índios.
Àquelas tribos assimilaram-se bastante facilmente os usos e costumes da gente em cujo contato viviam, e cujo sistema de vida era ainda relativamente de um grau pouco elevado devido às dificuldades em procurar-se os elementos