A vida dos índios Guaicurus

ouviu ainda atrás dela um galope de cavalo e um grito. Volvendo-se e compreendendo o perigo que a ameaçava, lançou-se a galope no campo em direção ao rio Niutaque, buscando ao mesmo tempo alcançar um daqueles capões mencionados anteriormente.

Um cavaleiro a perseguia. Pertencia ao destacamento. Tinha tido a necessidade de parar e ficar atrás, no tempo que os seus companheiros, continuando no seu trote, haviam ganho mais de meio quilômetro de distância em diante.

Vendo que não podia alcançar o perseguidor, atirou quatro ou cinco balas da sua arma na Jhivajhãá.

Os seus companheiros, apesar de estarem bastante longe, adiante ouvindo os tiros, voltaram a galope, acreditando em um ataque pelos índios na retaguarda.

Jhivajhãá não havia sido baleada e havia conseguido atingir o capão no qual se dirigia e onde parou e ficou escondida.

Os nove indivíduos reunidos rodearam o capão. E, para assustar o coitado que nele buscara refúgio, e que cuidavam capturar, apesar de não ousarem aventurar-se a penetrar nele, descarregaram várias vezes suas armas a esmo no capão.

Eram já mais de 5 horas. O Sol baixava muito, mas podia-se contar ainda com mais de duas horas, antes da escuridão completa.

Um deles teve então diabólica ideia de por fogo no campo, fogo que entraria forçosamente no capão e obrigaria o índio, que nele se escondia, a sair ou a deixar-se assar, o que não era provável.

Logo, em diversos pontos ao redor do capãozinho, acenderam fogo e ficaram à espera que o incêndio penetrasse no interior.

Vigiariam e rondariam o bosque. Graças ao vento