Havia chegado a hora do almoço; as duas costelas acabavam de ser assadas.
Havia sido necessário fazer outro espeto para a segunda costela.
Um dos bugres recém-chegados, foi buscar água na chaleira e numa grande cabaça. Joãozinho e o seu companheiro estavam a ponto de acabar a charqeaada dos quatro quartos do cervo, e a carne, dependurada sobre dois laços espichados no sol, começava a secar.
Antes de principiar o almoço, um dos bugres abriu o cateto que havia trazido; tomou o fígado, os rins, o baço e o bofe, isto é, todos os miúdos que recortou, fazendo deles um picadinho: no interior mesmo do porco, com o sangue, mais ou menos coalhado que nele se encontrava, logo separando o bucho dos intestinos, revirando-o para virar a parte de dentro por fora, e fechando uma das extremidades com fibras de "ibira" (22)Nota do Autor — que tinha perto dele — extração que se opera em alguns segundos — enchem o órgão assim preparado com o seu picadinho sanguinolento, e quando bem cheiO e não podendo conter mais, um dos seus companheiros o ajudou a atar a extremidade.
Era uma enorme morcela que havia sido confeccionada em menos de vinte minutos.
Como ficava ainda um resto desse picadinho, o bugre tomou a extremidade do intestino grosso na qual seccionou um comprimento de 25 centímetros mais ou menos, que revirou na parte de dentro para fora, que de interna se tornou externa e, raspada exteriormente mal e mal, ele introduziu dentro o resto do picadinho.