O bugre que de manhã nos acompanhou, Joãozinho e eu, selou o seu cavalo e levou os cachorros no lugar onde havíamos esquartejado o cervo.
Já, muito numerosos, os urubus comiam o que havia ficado, disputando-se e arrancando-se entre si os pedaços que rasgavam nas partes mais moles do interior do cervo, compreendendo o espinhaço e que formavam a parte mais importante do que se lhes havia deixado.
Numerosos também eram os urubus que voejavam descrevendo círculos antes de pousarem; chegavam de todos os lados.
Os cachorros logo os puseram em fuga, não duvidando que era o seu quinhão, a parte que lhes cabia de direito, que lhes roubavam as vorazes e luctuosas aves de negra libré.
E, até que os seus buchos ficassem repletos e pudessem aguentar a menor sobrecarga, os cachorros seguiram comendo.
Nisto, não faziam mais que imitar os seus donos!
Pensando em nossa volta, perguntei ao Joãozinho a que distância de sua aldeia estávamos, segundo a sua avaliação.
Três léguas e meia, disse-me (18 a 20 km).
O lugar onde estávamos era muito conhecido dele e dos seus companheiros.
Muitas vezes, caçando, eles tinham cruzado por estes lugares.
Era bem, com efeito, e com bastante exatidão, a distância que nos separava da aldeia. Eu mesmo a tinha calculado em três léguas.
Embora com todas as voltas, havíamos e sem dúvida, caminhado uma légua a mais.