um boi ou uma vaca. Isto é, uma cabeça de gado, qualquer que seja, que se apresentaria conforme a sorte.
Desta caça cobiçava ele tanto mais quanto oferecia uma vantagem muito grande: o couro podia trocar-se por cartuchos, pólvora, balas e chumbo e também por erva-mate e alguns metros de algodão; e a carne daria a sua gente da aldeia com que se alimentar durante dias.
Ele parecia arrepender-se de haver deixado perder a ocasião que se apresentara pela manhã, embora tivesse compreendido as dificuldades que teria encontrado, sem mesmo ter a segurança de haver podido aproximar-se bastante, para apontar com precisão.
Por causa do vento, era preciso voltar atrás, atravessar novamente a parte brejosa e também o rio, subi-lo pela sua margem esquerda para atravessá-lo ainda uma vez, muito acima, e enfim andar a pé, serpeando num longo trecho, num terreno de brejo onde as dificuldades se teriam aumentado a cada passo. E, depois de tantas fadigas, bastava que um bicho qualquer, surpreendido e assustado, em fuga; uma ave, um quero-quero ou uma anhuma —chajhá— sobretudo, lançasse o seu grito fatídico de alarme — o que era de temer — para que todo o gado assustado disparasse numa carreira desordenada. Resultado: cansaço inútil e tempo perdido.
Joãozinho assim havia bem pensado.
E, agora, sentia que para os meus companheiros, por causa do compromisso tomado ao meu respeito, era eu um impedimento.
Sem a minha presença, eles não voltariam à aldeia sem haver realizado o objetivo cobiçado e, por minha causa, iam renunciar em prosseguir na caçada para não faltar à palavra dada.