Logo dada a ordem, o bugre designado pôs-se a caminho; o seu cavalo já estava selado.
Levou consigo e como carga alguns pedaços de carne.
Após a saída do bugre, Joãozinho, com os dois outros companheiros que ficavam conosco, se foram ao lugar onde a vaca foi encontrada morta.
Não querendo ficar sozinho no pouso onde não tinha nada mais que fazer, os acompanhei.
Chegando ao lugar, sem precaução, afugentamos ainda o bezerrinho que de novo se havia aproximado da sua mãe e que correu quando nos viu.
Os cachorros saíram atrás.
Sem perder tempo em admiração e reflexões como costumam geralmente, os bugres e Joãozinho mesmo começaram a tirar o couro da vaca.
Uma hora depois transportávamos para o pouso, entre nós, os quatro quartos. O que ficava, engrossado com capim, foi inteiramente recoberto pelo couro.
O conjunto assim disfarçado podia figurar, à distância, um animal deitado.
Joãozinho, que havia projetado a captura do bezerro, ficou à espreita para aguardar a sua vinda.
Nós levamos conosco os cachorros. No acampamento, os bugres meteram-se logo a charquear os quartos que acabamos de trazer.
Entrementes, eu fui buscar lenha. Em pouco tempo amontoei uma boa quantidade para a noite e aprontei tudo quanto íamos precisar para a nossa janta.
Pouco depois entrou o sol. Os bugres não tinham levado a cabo senão apenas a metade da charqueada. Continuaram ainda sua tarefa durante alguns minutos mais, até que a noite obrigou-os a parar.
Neste momento ouvimos o estrondo de um tiro.