Pensamos logo que era o sinal que nos anunciava a morte do bezerrinho.
Meia hora depois, Joãozinho regressava trazendo as duas costelas da vaca que iam servir ao nosso jantar, e, muito alegre, nos contou que quando a noite começou envolver nas trevas todas as coisas, o bezerrinho avançou-se timidamente, pronto para aproximar-se do vulto coberto pelo couro e que figurava ser a mãe deitada.
A quatro metros, ele apanhou a carga em plena frente e caiu fulminado para não mais levantar-se.
O trabalho que ainda ficava para concluir, a charqueada dos quartos, foi abandonado e deixado para o dia seguinte.
Jantamos. Meus companheiros comeram com o seu costumado apetite e absorveram tudo quanto o seu estômago dilatado podia conter, forçando-o talvez um pouco mais que de razão.
Depois de saborear duas ou três guampadas de mate, espichei-me na minha rede, debaixo do mosquiteiro, e até o amanhecer fiquei pegado num profundo sono.
Pela manhã seguinte — estávamos a 5 de Janeiro — a ajuda pedida não chegou antes de meio-dia. Joãozinho deu ordens para carregar os bois e repartir nos cavalos o que os primeiros não poderiam levar, tudo quanto havia sido acumulado em carne, agora dissecada e em couros, nesses dois dias de caçada.
Logo, virando-se para o meu lado, acrescentou satisfeito e sorridente:
"Agora vamos voltar à aldeia". O que me alegrou muito.
Dois bugres tinham vindo como reforço ao mesmo tempo que os bois. O pouco trabalho que restava para concluir, ficaria logo prontificado, e todos poderiam, algumas horas depois da nossa partida, pôr-se também