A vida dos índios Guaicurus

Como se pode ver, eles são "nacionalistas" no sangue e na alma.

Para concluir esta digressão, acrescentaremos que não é menos de admirar que esta ideia íntima de nacionalismo corre mesmo pelas ruas, nas aldeias dos Guaicurus que praticam grandemente o comunismo coletivista, o mais fraternal, numa atmosfera pura e sadia, na qual vicejam a igualdade e a soma toda das liberdades.

Comunismo que são incapazes de seguir os mais fervorosos adeptos dessas utópicas teorias sociais, expostas e semeadas em profusão nos países altamente civilizados, apenas para o uso de seres fanatizados pelos seus dirigentes; a fim de permitir a estes últimos viver gordanchudos às custas dos seus crédulos e ingênuos sectários a quem, em falta de pão, contentam-se de nutrir com frases ocas e promessas vãs que bem sabem não poderão nunca cumprir.

Na entrada da aldeia, na frente dos primeiros ranchos, veem-se mulheres bastante numerosas, com todo o busto pintado como o tinha reparado à minha chegada na aldeia do Tuiuiú, oito dias antes, e, ainda mais, com o rosto sabiamente adornado, pintado em algumas delas com finas tatuagens.

Todas presenciaram o nosso desfile, aclamando-nos com gritos de alegria, como os que lançam nos dias dos grandes regozijos ou depois de uma vitória.

As crianças dos dois sexos, os meninos e as meninas, muito numerosos, faziam coros.

Era uma recepção verdadeiramente grandiosa, colossal!

Todo o pessoal da Aldeia Grande do capitão Guazú-Ãcã, havia sido mobilizado para receber-nos.