de viver, que de sedentário, sem comando, tornar-se nômade, fez-se excursionista.
Pois transformaram-se em pilhantes e saqueadores das tribos vizinhas sobre as quais estavam sempre vitoriosos, graças às vantagens que a posse de cavalos lhes proporcionava e também, mais tarde, a de armas de fogo.
Em suma, agora não tendo mais que temer perseguições nem de seus vizinhos, nem de policiais, pode-se dizer deles que são realmente sedentários; e não ver mais nas suas curtas expedições com fim de caçadas a algumas léguas de suas aldeias, que a necessidade, para eles de procurarem com que viver e também de praticar e exercer as aptidões próprias e especiais a sua raça, tais as herdaram dos seus antepassados.
Ademais tinham estabelecido outras aldeias em diversos lugares, fora das de Aldeia Velha, do Morrinho, do Morro Maciel, de que temos falado acima, a primeira daqueles havendo sido incendiada.
Foram também obrigados a abandonar as do Morro do Padi, na ilha do Nabileque e, ainda, muito mais antigamente, na mesma ilha a do Rebojo Grande, que Joãozinho nunca conheceu, senão por tradição.
Uma outra igualmente na mesma ilha, perto da laguna do Caramujo, onde existiam ainda vestígios de roças — capoeiras — e de tapeiras, como as outras acima citadas foi também desamparada.
Mais recentemente ainda, foi a vez das do Morro do Niutaque e do Tigre.
Faz anos, eles estiveram no ponto de fugir do Tuiuiú, e no mesmo tempo, da Aldeia Grande.
Depois de haver fugido e haver vivido algum tempo meio escondidos nas matas dos arredores, eles voltaram às suas aldeias, reconstruindo os ranchos que lhes haviam sido queimados.