A vida dos índios Guaicurus

Pois eram temidos!

Os bugres, porém, cheios de prudência, tinham o bom tino de não querer aceitar a luta ou batalha que fosse, nem de fazer com uma defensiva qualquer, uma resistência que cedo ou tarde tornar-se-ia funesta para eles.

O grupo que se apresentou a Santo Antônio do Nabileque perdeu dois dias naquela fazenda antes de poder pôr-se em marcha contra a aldeia do Niutaque.

Era preciso, para montar todos os homens do destacamento, ir buscar cavalos, como o temos dito acima, ao retiro São João.

Para isto era necessário mandar ali dois ou três homens.

O chefe do destacamento pediu emprestado à dona da fazenda Santo Antônio três cavalos para os homens que iriam para São João.

Era impossível recusar-lhes. Mas, contudo, era preciso ir primeiro ao campo para trazer a tropa.

A dona de casa mandou então um dos seus filhos acompanhados por um camarada.

Partiram depois do almoço. Voltaram, porem, somente pela tarde.

De modo que os três individuos para os quais eram destinados os cavalos não puderam sair de Santo Antônio antes da manhã do dia seguinte.

A chegada inesperada desse grupo de gente armada, vinda do rio em condições desacostumadas e em número relativamente elevado, fez nascer no espírito de todo o pessoal de Santo Antônio, uma suspeita bem legítima de alguma trama urdida contra os bugres, tanto mais que todos esses indivíduos foram tomados por soldados trajados à paisana.

Era esta, e sem dúvida, a verdade!