O Capitãozinho estava ausente. Havia levado consigo dos seus homens os melhores atiradores para a grande caçada que ele havia combinado com o Capitão Guazú-Ãcã e não ficaram na aldeia mais que oito a dez bugres dos mais velhos e alguns rapagões, entre os quais os mais fortes estavam na roça, onde dormiam às vezes.
Jhivalhãá, a mulher mais resoluta e mais enérgica da Aldeia, depois de haver ouvido o que acabava de contar-lhe o jovem Guaicuru vindo de Santo Antônio, compreendeu logo a iminência do perigo, compreendendo que toda a tribo estava ameaçada ou, pelo menos e em primeiro lugar, a Aldeia do Capitãozinho.
Ela mandou acordar os anciãos da tribo que estavam presentes.
Reunidos como em conselho, deliberaram, antes de tudo, alertar a gente da aldeia do Capitão Guazú-Ãcã, que sabiam também ausente.
Mandaram imediatamente o mensageiro da malfadada notícia avisar a gente da Aldeia do Tigre, de que se pusesse em guarda contra um ataque possível da gente do Português.
Haviam calculado que o destacamento não podia chegar ao Morro do Niutaque senão no dia seguinte pela manhã.
Eles precisavam ir de Santo Antônio a São João, a 10 quilômetros mais ou menos, mandar campear a tropa do retiro e levar os cavalos escolhidos e pegados a Santo Antônio, a fim de que os homens do destacamento pudessem selá-los e logo sair para a execução das ordens recebidas, tendo que tornar a passar de novo pelo retiro São João, ponto obrigatório que se achava no caminho a seguir e onde certamente eles perderiam ainda uma hora ou duas; talvez fosse para comer, seja fosse para tomar mate.
Era mesmo impossível ir mais depressa.