A vida dos índios Guaicurus

Avançou ainda na mesma direção mais um meio quilômetro.

Parou e gritou de novo, duas vezes, quase sem intervalo.

Emfim! Jubilava. Acabava de ouvir um grito semelhante ao seu, que lhe respondia.

Imediatamente lançou ainda dois outros gritos.

Pouco depois, dois gritos que julgou bastante próximos responderam. Duzentos ou trezentos metros quanto mais.

Continuou a movimentar-se na direção de onde vinham os últimos gritos e, depois de percorrer uns cem metros, continuando a andar, lançou ainda mais dois outros.

Não ouviu a resposta, mas alguns instantes depois ouviam-se os passos de cavalos que vinham ao seu encontro, embora ela não os podia ver.

Em seguida, o silêncio se fez em torno dela. Parou. De repente, atrás de uma porção de mato espesso, atravancado pelos cipós e a mais ou menos uns cinquenta metros dela, ouviu-se o canto de um Jaó. Sem estranhar, respondeu imitando o mesmo canto, três vezes seguidas.

Logo dois bugres dissimulados num canto da espessa mataria apareceram a uma dezena de metros de Jhivajhãá, que, reconhecendo-os, apressou-se em gritar-lhes: "Onde está Joãozinho?"

Os bugres aproximaram-se dela depois de ter-lhe respondido que iam levá-la perto dele; e assustaram-se vendo-a cair desmaiada e tão pálida que acreditaram que tinha morrido.

Um deles veio perto dela, não sabendo o que fazer, enquanto que o outro, voltando atrás para pegar o seu