Joãozinho queria esperar que chegasse a noite para avançar bastante com o fim de ouvir algumas conversações que o teriam esclarecido sobre os projetos dos chefes dos destacamentos.
Ele, pois, com esse propósito, mais os três companheiros, passaram o resto do dia nessa espera.
Logo que a noite ficou bastante escura, Joãozinho aproximou-se sozinho da Aldeia, no máximo que a prudência lhe permitia.
Os chefes e os seus "estados maiores" ocupavam o rancho principal que era o seu, e como o tempo era bonito, diversos fogos haviam sido acesos, e nos seus arredores grupos de oito a dez indivíduos se haviam reunido.
Alguns deles tomavam mate, outros conversavam fumando cigarros, outros enfim comiam restos de churrascos que se viam pegados em alguns dos espetos ainda fincados no chão perto das fogueiras.
Joãozinho, não obstante, não podia avançar bastante para ouvir sem ser visto.
O terreiro dos ranchos estava demasiadamente iluminado pelas chamas das diversas fogueiras, o que constituía para ele um impedimento capital que obrigou-o então a ficar no seu posto.
Num dado momento, um indivíduo que sabia do rancho onde estavam os chefes, gritou bastante alto, dirigindo-se a outro de um dos grupos que rodeavam as fogueiras; "Chico — sem dúvida um cabo — amanhã de madrugada, manda buscar a tropa, vamos ao Barranco Branco".
Esta simples ordem, gritada assim na noite, encheu de alegria o coração de Joãozinho, que pôde, assim, concluir com a maior satisfação que os destacamentos iam deslocar-se, cada um deles, sem dúvida em retirada e